quinta-feira, 3 de julho de 2008

O SALTIMBANCO QUE NEM PALHAÇO ERA!

Ele chegou à aldeia com o circo. Mas não era domador de leões, nem era ilusionista, nem era acrobata, muito menos palhaço... era apenas um daqueles homens que têm que andar com o circo para montar a tenda, as bancadas, as jaulas, e para estar no mais fundo dos ignorados bastidores.

Mas ainda assim ela descobriu-o no meio de um emaranhado de ferros, panos e luzes. Enamoraram-se de imediato: ela ainda era muito nova, pertencia a uma família conhecidíssima na aldeia e nos arredores... os seus pais e os restantes familiares nunca consentiriam num namoro com um saltimbanco que nem palhaço era...

Dias depois o circo arreou a tenda e seguiu para a aldeia seguinte. Com a caravana foi o rapaz que nem subir a um trapézio sabia... ela seguiu-o. Fugiram os dois! O circo perdeu um dos seus assistentes, a aldeia perdeu uma das miúdas mais bonitas - a ausência durou uns dias...

Quando voltaram nada os demovia de partilhar a vida que um dia a passagem de uma caravana lhes proporcionara. No princípio foi difícil: ele não tinha família, ela foi abandonada pela família... Será que iriam sobreviver?

Ouvi esta história há uns tempos atrás mas desconhecia o seu desfecho. Curioso - como sempre - fui até essa aldeia e comecei a indagar... não foi difícil! Mesmo à entrada da aldeia prospera um negócio que tem como protagonistas o homem do circo - que não chegou a ser - e a moça da aldeia, que um dia sonhou em embarcar num sonho... que se tornou realidade! Com eles trabalham os filhos, a harmonia e a boa disposição imperam e quem olhe para eles nota que não podiam ser pessoas vulgares... só os grandes apaixonados têm histórias destas para oferecer...

2 comentários:

Filoxera disse...

Sê bem regressado!
Continua a contar histórias, sabes fazê-lo bem.
Beijos.

Anónimo disse...

Alex.
Estupenda a historia, parabéns,engraçado conheço uma muito parecida.Quem sabe será a mesma!!!??
Mas a minha é verdadeira mesmo.
Um beijo e bom fdsemana.