No ano passado quatro amigos meus resolveram ir dar uma volta até Marrocos. Mas nada de excursões nem viagens planeadas. Foram de avião até Rabat e aí alugaram um carro e partiram em busca da cidade do clássico do cinema, Casablanca.
Mas ainda nós nos queixamos da péssima sinalização que existe em Portugal. Em Marrocos é que não havia mesmo nada, e o que havia estava escrito em árabe - bom, de vez em quando também em francês, mas tão depressa aparecia «Marrakech - 70 km», como «Marrakech - 200 km» para logo a seguir aparecer «Marrakech - 170 km».
Andaram, andaram mas nunca mais chegavam a lado nenhum. Até que resolveram pedir ajuda a um autóctone. Hesitaram interpelar as pessoas - até porque não faziam ideia de como essas pessoas iriam reagir, apesar de ser conhecida a hospitalidade marroquina - e finalmente lá encontraram um rapaz aí para os seus 14 anos que se dispôs a orientá-los.
Com um francês muito arábico lá perceberam que ele queria entrar no carro e assim mais facilmente lhes indicar o caminho correcto. E aí é que começou a grande odisseia: através de muitas palavras começadas por «al» o rapaz fê-los percorrer quilómetros e quilómetros e ao fim desse tempo todo os meus amigos ficaram com a impressão que estavam quase no mesmo lugar. Mas, pronto, tinham que confiar no «guia».
Até que - aos gritos - o rapaz os mandou parar à entrada de uma pequena aldeia. Por gestos pediu para sair e quando pôs o pé na terra batida mandou-se a correr de tal modo que os meus amigos ainda saíram mas nem ousaram segui-lo. Não valia a pena! O rapaz desapareceu por trás de umas casas de barro e só então eles perceberam que o rapaz não quis outra coisa senão que o fossem deixar em casa... É claro, Marrakech era uma miragem!
Mas ainda nós nos queixamos da péssima sinalização que existe em Portugal. Em Marrocos é que não havia mesmo nada, e o que havia estava escrito em árabe - bom, de vez em quando também em francês, mas tão depressa aparecia «Marrakech - 70 km», como «Marrakech - 200 km» para logo a seguir aparecer «Marrakech - 170 km».
Andaram, andaram mas nunca mais chegavam a lado nenhum. Até que resolveram pedir ajuda a um autóctone. Hesitaram interpelar as pessoas - até porque não faziam ideia de como essas pessoas iriam reagir, apesar de ser conhecida a hospitalidade marroquina - e finalmente lá encontraram um rapaz aí para os seus 14 anos que se dispôs a orientá-los.
Com um francês muito arábico lá perceberam que ele queria entrar no carro e assim mais facilmente lhes indicar o caminho correcto. E aí é que começou a grande odisseia: através de muitas palavras começadas por «al» o rapaz fê-los percorrer quilómetros e quilómetros e ao fim desse tempo todo os meus amigos ficaram com a impressão que estavam quase no mesmo lugar. Mas, pronto, tinham que confiar no «guia».
Até que - aos gritos - o rapaz os mandou parar à entrada de uma pequena aldeia. Por gestos pediu para sair e quando pôs o pé na terra batida mandou-se a correr de tal modo que os meus amigos ainda saíram mas nem ousaram segui-lo. Não valia a pena! O rapaz desapareceu por trás de umas casas de barro e só então eles perceberam que o rapaz não quis outra coisa senão que o fossem deixar em casa... É claro, Marrakech era uma miragem!
6 comentários:
Antes de ler o final, já calculava qual seria...a fama de hospitalidade é só teorica.
Os tunisinos são bem mais afáveis.
Beijinhos
Mas tu sabes que o mundo é dos espertos... o miúdo marroquino também o sabe... pelos vistos...
Beijinhos
Bem Alexandre, se a história é mesmo verdadeira...só acho que os teus amigos têm que pensar melhor para onde decidem ir...no caso de quererem aventuras!!!
É que estou mesmo farta de países árabes. Como diz a GATA VERDE, os tunisinos são bem mais afáveis...
Depois...falar de sinalização em países árabes, só de quem nunca pôs os pés em nenhum, porque até arrepia!!!
Sabes o que um egípcio me disse, em Novembro, lá no Cairo? Para atravessar uma rua cheia de movimento, como as de lá, o trânsito é horrível...faz o seguinte: fecha os olhos e vai sempre em frente!!!
Tens 2 alternativas:ou eles abrandam para tu passares, ou morres desfeito...
Por isto já podes ver como é!
Essa odisseia dos teus amigos vem reforçar a minha desconfiança em relação a tudo o que seja Árabe ..Nunca fui até lá, melhor, eu só viajo até ao Alentejo e pouco, mas aí sei que conheço a lingua, as estradas, dispenso o GPS..E depois, um puto de tão pouca idade já dá a volta aos Portugas, imagina quando crescer !!!! Interessante a história e alerta-nos para o perigo de confiar assim nas pessoas.. um abraço...
Olá
Pois é, Alex! Estamos mal. Confiamos demasiado nas pessoas (foi assim que nos ensinaram), mas, pelos vistos, é apenas teoria!!
Por outro lado, aventura sim, mas com uma boa avaliação do risco.
Beijinhos!!
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