quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MOMENTO DE GLÓRIA!

A opção que ele decidiu tomar não era daquelas decisões que se tomam de ânimo leve, como se costuma dizer. Não era uma daquelas opções em que a meio caminho a pessoa se arrepende, volta atrás e inicia o trajecto por outro caminho. Não era uma opção que alterasse apenas algumas coisas, era uma opção de fundo, que iria mexer com tudo e com todos. Era, por assim dizer, a decisão de uma VIDA!

Mas ele sentia que tinha que tomar essa decisão, e isso só a ele dizia respeito, ninguém tinha o direito de mandar bitaites do que está «certo» ou está «errado»... Há decisões na vida em que a pessoa tem que estar sozinha!

Ele pensou muito, pensou alto, pensou baixo, gritou, chorou, riu, recuou, avançou, voltou a recuar, voltou a avançar, avançou só até meio caminho, recuou mais um bocado, avançou mais um pouco, arrependeu-se, respirou fundo... retomou o caminho... voltou para trás, foi em frente!

Ele reviu tudo o que estava para trás na sua - designada - vida, em especial os últimos anos! Os últimos anos tinham sido os fundamentais, quiçá, tinham sido os únicos que valeram verdadeiramente a pena! Optou, decidiu e foi em frente... e, afinal, teve o seu MOMENTO DE GLÓRIA: no dia seguinte foi notícia de 1.ª página dos jornais e abertura dos serviços noticiosos das rádios e das televisões!

4 comentários:

Bichodeconta disse...

Espero que tenha sido por correr a maratona num tempo record e não por se ter atirado da ponte , nú ou coisa do género..Infelizmente as noticias cada vez mais nos deixam preplexos.. Um beijinho, Há aqui histórias impróprias para cardíacos..

irneh disse...

Olá Alex

Gosto da história, mas espero bem que a ideia te tenha surgido a partir de algum caso que tenhas conhecido ou seja "pura" ficção.
Espero que te aconteça tudo de bom!!!

Beijinhos pontessorenses!

Anónimo disse...

Há momentos de glória que não identificamos de imediato. Pena!

A perseverança, a longo prazo, e também a capacidade de reflectirmos pausadamente podem fazer-nos ver quão fértil, e, talvez, desdenhada, foi a nossa glória.

Gosto de vir ler o que escreves... não uma vez dia (nem sempre é possível) mas faço-o com prazer. Talvez porque uma das etapas da compreensão destes textos seja também parte do meu mundo.

Ainda não arranjei tempo/coragem? para ir registando o que me desgosta, dá prazer, aflige, atormenta, irrita...

Até breve.
Bjs
Joaninha

Filoxera disse...

Ok: a nossa imaginação que complete a história, certo?
Beijos, Alex.
Até breve!