segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A CAIXA DO HIPERMERCADO QUE COMENTAVA AS COMPRAS DOS CLIENTES...

Embora não seja permitido, a miúda da caixa do supermercado fartava-se de comentar as coisas que os clientes compravam: «e porque levava esta marca e não a outra», «que ela usava outra marca de shampoo e dava-se muito bem», «que o bacalhau da Noruega era melhor que o do Pacífico», «que o leite tal era mais saboroso que o outro», «que aqueles iogurtes nem dados» e outros comentários do género!

Até na roupa, nos livros e no material escolar ela gostava de comentar! E se havia clientes que até achavam piada e lhe davam resposta, outros havia que franziam o sobrolho enfadados que uma conversa que eles não estavam interessados. Mas ela não se importava: coitado do rapaz que comprou vaselina para os bornos da bateria do carro, teve que explicar em voz alta para que levava a vaselina... e aquele aparelhozinho que se vende agora nos hipermercados e que consta de um anel com uma pequena pilha para ser utilizado nas intimidades do casal? O hipermercado perdeu pelo menos um cliente que saiu dali tão roborizado que podia ir de imediato para um jogo do Benfica que seria confundido com uma bandeira!

Tantos comentários ela fez que o assunto chegou aos colegas e logo depois aos superiores hierárquicos. Foi mesmo um dos administradores que decidiu pôr ordem na funcionária: ou ela parava com tais comentários ou então iria para a rua! Disfarçadamente ele passou na caixa apenas com uma embalagem de preservativos: logo ela quis saber com quem ele ia usar tais objectos, se não era incómodo para o homem, se não era mais fácil a namorada tomar a pílula...

Foi então que ele puxou do cartão da empresa onde se lia o nome e o cargo: administrador... Hoje vivem os dois, casaram pouco tempo depois e pelos vistos nunca utilizaram os tais preservativos que ele comprou pois já vão nos quatro filhos...

1 comentário:

Bichodeconta disse...

Mas a menina era incherida..