Vi a cena que vou relatar há pouco em pleno Cais do Sodré em Lisboa. Três ou quatro «pintas» com surrados fatos e gravatas dos anos 70 comunicavam entre si assobiando e com algumas expressões só por eles entendíveis. Deslocavam-se de um lado para o outro em passo acelerado na zona da estação dos comboios, entre pedintes, turistas, vendedores de ocasião e... gente!
Pareceu-me que procuravam ou perseguiam alguém. Foi quando um deles gritou para os outros, com muitos gestos à mistura: «o casal de bimbos está no 10 ou no 28!» Referia-se com certeza aos números dos autocarros ou dos eléctricos e ao local de paragem dos mesmos.
Eram todos homens na casa dos 50 anos, brancos, mas de tez escura. Só faltava sentir o cheiro do tabaco para ter o quadro perfeito! Havia autocarros e eléctricos parados nas paragens e nos semáforos , e eles desapareceram por entre os veículos.
O resto da história não a posso contar porque não sei como termina... mas quer-me parecer que há poucas horas atrás alguém ficou sem carteira ou sem dinheiro em plena Lisboa numa tarde ensolarada de Inverno!
Pareceu-me que procuravam ou perseguiam alguém. Foi quando um deles gritou para os outros, com muitos gestos à mistura: «o casal de bimbos está no 10 ou no 28!» Referia-se com certeza aos números dos autocarros ou dos eléctricos e ao local de paragem dos mesmos.
Eram todos homens na casa dos 50 anos, brancos, mas de tez escura. Só faltava sentir o cheiro do tabaco para ter o quadro perfeito! Havia autocarros e eléctricos parados nas paragens e nos semáforos , e eles desapareceram por entre os veículos.
O resto da história não a posso contar porque não sei como termina... mas quer-me parecer que há poucas horas atrás alguém ficou sem carteira ou sem dinheiro em plena Lisboa numa tarde ensolarada de Inverno!
(esta história também é verdadeira)
4 comentários:
É bem possível!
E nestes casos é difícil recuperar seja o que for porque esses bandos são, normalmente, muito bem organizados.
Beijo grande
Cá para mim, esses fatos ensebados deviam fazer pandant com sapato branco com biqueira preta de verniz, e já agora, chapéu, o cheiro devia ser pestilento.. A carteira ou carteiras deve ter desaparecido por artes mágicas como tantas outras... Ó Alexandre, já agora, eles circulavam entre turistas, pedintes e gentes, e uns Alentejanos também, certamente..Acho que daqui podia sair um livro de pequenas (grandes) Histórias veridicas ou não , mas onde a tua imaginação deixa rasgos de profissional ...Parabéns..
Nas ciências sociais existe a noção de "pre-conceito"; trata-se de ideias pre-concebidas acerca de determinado tema, que impedem a rotura com o senso comum... no meu caso será defeito profissional.
Mas aqui os cientistas sociais ficam de fora e o que importa é que continues com estas pequenas histórias - sejam elas reais ou não, o que releva é a criatividade de as (re)inventar!
Continua!
Beijos.
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