domingo, 3 de agosto de 2008

A VIÚVA E O COVEIRO!

Ela estava desesperada: ficar viúva assim tão nova não estava nas suas previsões... nem nas previsões de ninguém! Mas são coisas que acontecem quando menos se espera! Esteve para não ir ao funeral, tão em baixo estava, mas, é claro, a família e os amigos lá a convenceram e acarinharam!

Quem ela não acarinhou foi o coveiro, homem ainda novo, de cabelo loiro e olhos azuis - chegou mesmo ao ponto de o insultar quando ele começou a tapar a urna, logo depois desta ter descido à terra! Chamou todos os nomes ao pobre homem, que se manteve sereno, quase sem pestanejar... eram - literalmente - ossos do ofício, ele lembrava-se quase ter sido agredido uma vez mas foi por uma mulher bem mais velha...

E a viúva nunca perdoou ao coveiro a pressa que ele teve em tapar a urna com terra naquele dia longínquo... e sempre que discutiam lá em casa, ela ia buscar esse assunto! E ele mandava-a falar baixinho para os miúdos não ouvirem: afinal, já tinham passado cinco anos e eles agora eram marido e mulher...

2 comentários:

Sei que existes disse...

As voltas que a vida dá!...:)
Beijo grande

tulipa disse...

Umas palavras escritas embalada pela paixão (e, por esta música que toca, linda):

Foi em Junho que descobri
O quanto era bom
estar na tua companhia
Sentir o teu carinho
Aquele lanche jamais imaginado
Cerejas numa taça d'água gelada
oferecidas em bandeja de sensualidade, tuas mãos
os meus lábios,
o toque excitava-me.
E deixa-me dizer-te
Foste único, foste especial.
Partiste sem avisar
Na tua companhia descobri
o sabor das ondas nos teus olhos
Aquele mar que nos espreitava
Cúmplice nos segredava
Sejam felizes
O vosso amor é lindo.
Sonho porque te quero sonhar.


Posso deixar-te um abraço bem apertadinho, posso?